Corpos celestes que gravitam em torno do Sol traçando órbitas, que podem ser elípticas, parabólicas ou hiperbólicas, alguns cometas são periódicos, outros são observáveis uma única vez. Em suas rotas, chocam-se com asteróides, mudam de destino e às vezes são tragados e pulverizados por outros corpos celestes de maior tamanho. O diâmetro de um cometa pode variar de centenas de metros a centenas de quilômetros.
São formados por três estruturas: núcleo (ou cabeça), coma (ou cabeleira) e cauda. O núcleo constitui-se de um aglomerado de gases congelados (metano, amoníaco, cianogênio e dióxido de carbono) e pequenas partículas sólidas. A coma é uma nuvem gasosa que surge à medida que o cometa se aproxima do Sol e o calor faz evaporar os gases do núcleo. A cauda – rastro deixado pelo cometa e iluminado pelo Sol – é formada por partículas de pó, pequenos fragmentos e gases que se soltam do núcleo e da coma. Os elementos químicos mais comuns nos cometas são hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio, sob a forma de moléculas congeladas. Segundo uma das teorias sobre os cometas, eles são pedaços que se desprendem da Nuvem de Oort, um aglomerado de trilhões de núcleos congelados que orbita ao redor do Sol a cerca de 1 ano-luz de distância.
- Cometa Halley – Cometa que recebe esse nome em homenagem ao astrônomo inglês Edmund Halley, discípulo de Isaac Newton e diretordo Observatório de Greenwich. Halley é o primeiro a determinar a periodicidade de um desses corpos celestes. Observa o cometa que levaria seu nome em 1682. Com base em registros de 1513 e 1607, deduz que se trata de um mesmo cometa e prevê novas passagens a intervalos de 75 a 76 anos – o que realmente ocorre. A passagem mais recente do cometa Halley pela órbita da Terra acontece em 1986.
- Cometa Shoemaker-Levy 9 - Cometa descoberto em março de 1994, no Observatório de Monte Palomar, na Califórnia (EUA). Possui esse nome porque é o nono cometa identificado pela equipe formada pelo casal de astrônomos Eugene e Carolyn Shoemaker e pelo amador David Levy. No mesmo ano, o cometa tem sua rota desviada pela força da gravidade de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Atraído para a superfície do planeta, o cometa se estilhaça em 21 pedaços. Em 16 de julho, o primeiro fragmento se choca com Júpiter, a 215.000 km/h (232 vezes a velocidade de um Boeing). Ao entrar na atmosfera de Júpiter, o fragmento forma um túnel de fogo e explode segundos depois. Durante seis dias, os outros 20 fragmentos se precipitam em intervalos regulares sobre Júpiter. Na Terra, os impactos causados pelo Shoemaker-Levy 9 seriam suficientes para destruir quase todas as formas de vida.
Ourto Ponto...
Cometas são corpos pequenos, frágeis e de formato irregular compostos por uma mistura de grãos não voláteis e gases congelados. Têm órbitas muito elípticas que os trazem muito próximo do Sol e os levam longe no espaço, por vezes para além da órbita de Plutão.
A estrutura dos cometas é diversa e muito dinâmica, mas todos desenvolvem uma nuvem de matéria difusa, chamada coroa, que geralmente cresce em diâmetro e brilho enquanto o cometa se aproxima do Sol. Geralmente vê-se no meio da coroa um núcleo pequeno (menos de 10 km de diâmetro) e brilhante. A coroa e o núcleo juntos constituem a cabeça do cometa.
Quando os cometas se aproximam do Sol desenvolvem enormes caudas de matéria luminosa que se estendem por milhões de quilômetros da cabeça, na direção oposta ao Sol. Quando estão longe do Sol, o núcleo está muito frio e a sua matéria está congelada dentro do núcleo. Neste estado os cometas são muitas vezes referidos por “icebergs sujos” ou “bolas de neve sujas”, porque mais de metade do seu material é gelo. Quando o cometa se aproxima a menos de algumas UA do Sol, a superfície do núcleo começa a aquecer e volatiliza-se. As moléculas evaporadas carregam consigo partículas sólidas, formando a coroa do cometa, de gás e poeira.
Quando o núcleo está congelado, pode ser visto apenas pela luz do Sol refletida. No entanto, quando a coroa se desenvolve, as partículas de pó refletem ainda mais luz solar, e o gás na coroa absorve a radiação ultravioleta e começa a florescer. A cerca de 5 UA do Sol, a fluorescência normalmente torna-se mais intensa do que a luz refletida.
Enquanto o cometa absorve luz ultravioleta, os processos químicos libertam hidrogênio, que escapa à gravidade do cometa, e forma um invólucro de hidrogênio. Este invólucro não pode ser visto da Terra porque a sua luz é absorvida pela nossa atmosfera, mas foi detectado pelas naves espaciais.
A pressão da radiação solar e o vento solar aceleram os materiais afastando-os da cabeça do cometa a velocidades diferentes conforme a dimensão e a massa dos materiais. Por isso, caudas de poeira relativamente massivas são aceleradas lentamente e tendem a ser curvas. A cauda de iões é muito menos massiva, e é acelerada de tal modo que aparece como uma linha quase direita afastando-se do cometa na direção oposta ao Sol. A vista do Cometa West mostra duas caudas distintas. A cauda de plasma fina e azul é feita de gases e a cauda larga e branca é feita de partículas de pó microscópicas.
Cada vez que um cometa visita o Sol, perde alguns dos seus materiais voláteis. Eventualmente, torna-se noutra massa rochosa no sistema solar. Por esta razão, diz-se que os cometas têm vida curta, numa escala de tempo cosmológica. Muitos cientistas acreditam que alguns asteróides são núcleos de cometas extintos, cometas que perderam todos os seus materiais voláteis.
Fonte: Tudo Sobre Astronomia
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